PDG tenta reestruturar dívida com seus credores – Valor

Sugestão da Azufre, e comentários do CA

“A diferença entre ativos e passivos da PDG é de R$ 4,49 bilhões. A companhia tem R$ 11,86 bilhões em ativos – R$ 1,71 bilhão em terrenos, R$ 2,9 bilhões em estoques e R$ 7,25 bilhões em contas a receber – e passivos de R$ 7,37 bilhões – R$ 5,96 bilhões da dívida líquida, R$ 838 milhões de custos a incorrer e R$ 574 milhões com fornecedores e impostos”

Matéria completa em http://www.valor.com.br/empresas/4303802/pdg-tenta-reestruturar-divida-com-seus-credores

——

Numa situação destas, até os terrenos, que no caso das construtoras são o suficiente para mais de 10 anos de vendas de “empreendimentos”, terão que ser vendidos ou repassados a credores “a preço de banana”, como nos outros casos que mencionei em comentário mais acima, sobre a ILUSÃO de que terrenos seriam “imunes” à Bolha Imobiliária. Segue um trecho que consta no artigo:

“Como parte da reestruturação do endividamento, há discussões sobre a possibilidade de que terrenos da incorporadora sejam destinados a credores. A PDG buscará reforçar a venda de áreas nos próximos 12 meses.”

Empresa super-endividada, parcelinhas da dívida dela vencendo, com super-estoque, o que acontece? Segue outro trecho:

“Com o objetivo de acelerar a comercialização de imóveis, a PDG tem concedido descontos de preços, o que pressionou, fortemente, suas margens no terceiro trimestre. A margem bruta caiu de 17,1% no intervalo de julho a setembro de 2014, para 1,5%.”

O novo CEO da PDG não quis revelar os 6 bancos credores de 77% da dívida da PDG, mas o “mercado” mencionou os nomes abaixo. Façam suas apostas, quais seriam os 2 bancos que detém a maior parte da dívida? Segue o trecho:

” A companhia tem 77% de sua dívida total concentrada em seis grandes bancos, mas prefere não divulgar o nome desses credores. Segundo o mercado, trata-se de Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Santander e Votorantim. Há conversas também com credores menores.”

A PDG está maquiando seus distratos, pois se distratou e revendeu no mesmo trimestre, abatem para cálculo das vendas liquidas, mas não consideram no total de distratos (maquiagem master plus). Claro que junto com isto, eles também adiam o máximo possível o “reconhecimento” do distrato, que a partir do momento em que foi solicitado pelo cliente, pode demorar até mais de 1 ano em análise (ver ReclameAqui), de tal forma que procuram outro cliente para o imóvel enquanto ENROLAM o cliente que quer cancelar a venda, para que o distrato ocorra no mesmo trimestre da revenda, dentro da estratégia de MAQUIAGEM. Além disto, a margem dos distratos revendidos tem sido 1/3 do que era em 2011 (outra forma para quedas relevantes nos preços). No artigo, podemos comprovar como os distratos estão mais disparados do que nunca, pelas informações abaixo, basta observar a diferença gritante entre a queda das vendas brutas no 3T15 que foi de “apenas” 20,4% contra uma queda nas vendas liquidas (que abatem distratos) que ficou em 74,6%:

“De janeiro a setembro, as vendas líquidas da PDG caíram 67% ante igual período de 2014, para R$ 488 milhões e, no terceiro trimestre, a queda foi de 74,6% na comparação anual, para R$ 169 milhões. As vendas brutas tiveram recuo de 20,4% no trimestre, para R$ 685 milhões.”